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O tema educação domiciliar é uma das metas dos 100 primeiros dias do governo Bolsonaro. O Ministério da Educação (MEC) informou em nota que o texto da Medida Provisória (MP) referente ao tema está em elaboração. A discussão está sendo realizada em conjunto com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. A pesquisadora Luciene Tognetta, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), aponta algumas questões ligadas ao tema. Segundo a pesquisadora, o ensino realizado em casa pode afetar a formação do senso crítico, pois, o pensamento crítico se desenvolve quando o ser humano convive com outras pessoas de diferentes pontos de vista, e que no convívio somente com os pais, a criança dificilmente expressará ideias contrárias. Muitas famílias aderem ao ensino domiciliar com intenção de evitar que seus filhos sofram bullying nas escolas. Com relação a essa questão Luciene afirma que a criança precisa se fortalecer contra situações de bullying e que isso não se faz estando somente em casa. Também acredita que o bullying pode acontecer em outras situações e não só na escola. A pesquisadora discorda quando se diz que o ensino domiciliar dará certo no Brasil porque deu certo nos Estados Unidos. Ela entende que são realidades distintas, e que o Brasil não possui meios que garanta que o ensino aconteça de maneira eficaz. Nos Estados Unidos existe um acompanhamento do aprendizado.
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