A pandemia do Covid-19 mudou radicalmente a rotina das pessoas no mundo inteiro. Medidas como lavar as mãos várias vezes ao dia, utilização de álcool em gel e uso de máscaras passaram a fazer parte da vida dos seres humanos. O distanciamento social certamente foi a mudança que mais afetou os hábitos da sociedade.
A educação como não poderia ser diferente foi atingida em cheio por esses novos hábitos. A realidade escolar composta pelo vai e vem de pessoas diariamente se transformou numa realidade nunca vista antes. Salas trancadas e corredores vazios constituem o novo cenário.
A partir do instante em que as escolas foram fechadas e que surge a possibilidade de se ter um ano letivo perdido, os diversos órgãos ligados à educação optaram por um modelo de ensino nunca utilizado para estudantes em níveis iniciais de escolaridade. As carteiras foram substituídas por diversos tipos de mobiliários, dispostos em qualquer lugar. Aplicativos, computadores, celulares, sistemas e TVs abertas são hoje instrumentos que servem de escada para se chegar ao conhecimento.
Mas será que esses instrumentos mesmo sendo eficientes estão sendo eficazes? Se estudar a distância exige disciplina e organização até mesmo de adultos, como fazer com que crianças e adolescentes se concentrem na frente de um computador e realizem atividades sem que o professor esteja por perto para direcionar e cobrar resultados ao final de uma aula?
Outro fator que dificulta a aprendizagem nesse modelo de ensino é o fato de que uma grande parte dos estudantes sequer tem acesso aos recursos tecnológicos.
Como serão os anos subsequentes quando o aluno estará com uma grande defasagem de conteúdos? É possível imaginar. Enfim, é o que se tem para o momento, por isso escolas vem oferecendo o seu melhor para que nenhum estudante fique sem atendimento.